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quinta-feira, 7 de março de 2024

THE ROLLING STONES IN THE SIXTIES

 


Não é pelo facto de se terem transformado - a pouco e pouco - numa enorme máquina de fazer dinheiro, sem nenhum «sumo», apenas a repetição, até à exaustão, de fórmulas de sucesso, que seja para desprezar as joias musicais dos que foram - nos anos sessenta - o maior grupo de rock & roll britânico.

A lista que vos apresento é apenas resultante do meu gosto pessoal. Não, não me considero uma autoridade na matéria e não imponho a minha escolha a ninguém. Só vos digo que ainda me consigo sentir «dentro das botas de adolescente dos anos sessenta», quando oiço algumas destas faixas. 

E agora, chega de conversa...

 ROLLING STONES SIXTIES (Uma seleção de canções dos Stones dos anos 60)

Algumas referências no Blog «Manuel Banet, ele próprio»:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/11/foi-ha-60-anos-come-on-rolling-stones.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/07/a-banda-que-caracteriza-o-som-dos-anos.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/04/the-rolling-stones-living-in-ghost-town.html


                                     



quarta-feira, 22 de novembro de 2023

FOI HÁ 60 ANOS - 'COME ON' - THE ROLLING STONES


 Faz 60 anos que saiu o single «Come On» de estreia dos Rolling Stones.


«Come On», autoria de Chuck Berry, iniciador do rock-n-roll e inspirador da geração rock e pop dos anos 60 e 70. 

Junto link para coleção de singles dos Rolling Stones desde o princípio (1963) até 1968: The London Years.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Chuck Berry para combater o MORALISMO WOKE

 Sabes que Chuck Berry é dos poucos responsáveis pelo nascimento de um estilo de música - o Rock and Roll - que se prolonga até hoje, desde os anos 1950?

Como ele conseguiu arrastar consigo toda uma juventude principalmente branca, oriunda da classe operária, a geração que nasceu no final da II. Guerra Mundial!?

Deu-lhes o som endiabrado, feito de simples sequências de acordes e de «riffs» de guitarra elétrica, aquilo dava para dançar.

Em relação às letras, não eram composições eruditas, porém estavam em sintonia com sentimentos dessa juventude que acorria aos concertos, comprava os discos e reproduzia em grupos de garagem os sucessos dos precursores.

Foi uma autêntica libertação que abateu os preconceitos de separação de raças e, também, de classes. A geração dos anos 50  foi homenageada pelos grupos e cantores ídolos da década seguinte, os Beatles, os Rolling Stones, etc, etc.

[Oiça aqui os Beatles:] 

Sweet Little Sixteen (Live At The BBC For "Pop Go The Beatles" / 23rd July, 1963)

Sem Chuck Berry, nada disso teria sido assim! Claro que ele não foi o único, basta pensar em Otis Redding, Ray Charles e outros, com uma audiência jovem e sem preconceitos raciais: 


                               
Letra:
They're really rockin' in Boston
In Pittsburgh, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
All over St. Louis
And down in New Orleans
All the cats are gonna dance with
Sweet Little Sixteen
Sweet Little Sixteen
She's just got to have
About half a million
Framed autographs
Her wallet's filled with pictures
She gets 'em one by one
Become so excited
Watch her look at her run, boy
Oh, mommy, mommy
Please, may I go?
It's such a sight to see
Somebody steal the show
Oh, daddy, daddy
I beg of you
Whisper to mommy
It's all right with you
'Cause they'll be rockin' on Bandstand
In Philadelphia, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
All over St. Louis
Way down in New Orleans
All the cats wanna dance with
Sweet Little Sixteen
'Cause they'll be rockin' on Bandstand
In Philadelphia, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
All over St. Louis
Way down in New Orleans
All the cats wanna dance with, oo!
Sweet Little Sixteen
Sweet Little Sixteen
She's got the grown-up blues
Tight dresses and lipstick
She sportin' high heeled shoes
Oh, but tomorrow morning
She'll have to change her trend
And be sweet sixteen
And back in class again
But they'll be rockin' in Boston
In Pittsburgh, P.A.
Deep in the heart of Texas
And 'round the Frisco Bay
Way out in St. Louis
Way down in New Orleans
All the cats wanna dance with
Sweet Little Sixteen
Com o seu politicamente correto e moralismo estreito, com a sua estrita e delirante definição do que seja «racismo», ou «sexismo», ou «pedofilia», etc. os «woke» e «falsos progressistas», impõem às gerações atuais a sua ditadura hipócrita.
Os jovens de hoje, para regressarem à felicidade dos anos 50 e 60, apenas têm de sacudir esses parasitas, pessoas sem verdadeiro prazer de viver, mas que têm a perversidade de impor a sua visão distorcida aos outros.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

A BANDA QUE CARACTERIZA O SOM DOS ANOS 60: THE ROLLING STONES

 





Podia alinhar umas cinquenta faixas dos Stones dos anos 60. Canções, pelas quais merecem ser lembrados como o grupo de rock mais selvagem e mais cool dos anos 60. Eles continuaram e nem sempre estiveram à altura da banda que tinham sido, no passado. De qualquer maneira, estas minhas 4 escolhas são apenas a expressão do meu gosto pessoal. 

Muitos de nós, adolescentes dessa época, nos fartámos de dançar ao som dos Stones. Sei que os da minha geração gostam de regressar ao ambiente sonoro desse tempo!

sábado, 6 de fevereiro de 2021

A GERAÇÃO DE MÚSICA ROCK E POP DOS ANOS SESSENTA

                           

Muitas pessoas, incluindo as que não conheceram «ao vivo», apreciam a música dos anos sessenta. É preciso ser-se musicalmente surdo ou não ter qualquer réstia de energia, para não se apreciar os «furacões» musicais que surgiram - no mundo anglo-saxónico, principalmente - nos anos sessenta.

Mas, estes momentos mágicos não surgiram do nada. O rock-and-roll surgiu nos EUA do boom, da época doirada em que a classe operária sentia que - mesmo que não tivesse o mundo a seus pés - tinha, pelo menos, um enorme potencial de prosperidade: acreditava que qualquer um podia alcançar um bem-estar real. Nestes anos houve realmente «um sonho americano».                                           https://www.youtube.com/watch?v=IRF6nmqcbxo

                       
Do lado de cá do Atlântico, os jovens tinham também aspirações de se emanciparem dum conjunto de constrangimentos sociais, incluindo na vida amorosa, que implicavam uma ruptura, não apenas com os costumes tradicionais ainda largamente vigentes, como também passava por terem uma forma de se exprimir por uma música que era só deles, que eles foram buscar, além-Atlântico à geração rock do imediato pós-guerra: Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley e muitos outros, foram copiados e plagiados pelos grupos (ainda obscuros) que se estreavam nos clubes. Alguns desses clubes proporcionaram a estreia ou rampa de lançamento de grupos celebérrimos. O Marquee Club de Londres (Rolling Stones) ou a Cavern de Liverpool (Beatles), são os mais conhecidos.

                            

                       https://www.youtube.com/watch?v=SfLa2tFAqa4

Os Rolling Stones foram buscar o próprio nome do grupo a um título de canção («Rollin' Stone») do célebre cantor de blues, Muddy Waters
Mas, os grupos tinham uma enorme «escola»: Actuavam - noite após noite - em clubes, onde jovens vinham dançar, conviver e ouvir música. Tornou-se imperioso para eles construírem um reportório, tendo que pegar nos sucessos rock de além-Atlântico, ou mesmo nos blues dos cantores negros, sobretudo do Sul dos EUA.  Estes foram inspiração para grupos como o de John Mayall e muitos outros, o que não deixa de ser paradoxal, visto que a música tradicional dos campos de algodão do Sul dos EUA estava ligada a um modo de vida marcado pela passada escravatura e pela situação de discriminação racial e marginalidade das comunidades negras. 

                          
De qualquer maneira, estes grupos dos anos sessenta e seus sucessores nos anos setenta, criaram algo que é muito particular, fundindo música de várias tradições, apropriando-se de êxitos alheios ou de músicas pouco conhecidas, para lhes darem um toque pessoal. 
Claro que também houve a exploração deste filão pelas marcas de discos, o que foi também perfeitamente adequado para a divulgação ampla desta música «jovem». 
Tenho recordação de ouvir o programa de rádio «Em Órbita», realizado por jovens que conseguiam fazer chegar aos nossos ouvidos as últimas produções dos nossos ídolos, muito antes destas estarem à venda nas lojas de discos portuguesas. Com efeito, nessa altura, por uma questão de estreiteza do mercado discográfico em Portugal, o número de lojas de discos que vendia música pop e rock era reduzido e havia poucos discos de importação directa dos EUA ou do Reino Unido.   

De qualquer modo, as transformações ocorridas na sociedade não podem ser compreendidas, sem se ter em conta a participação da cultura, em particular da música pop. 

Teve porém aspectos negativos, nas expressões musicais doutros países, nomeadamente, em França, Espanha, Itália, etc., onde cantores e grupos se puseram a cantar versões nas suas línguas nacionais, dos êxitos dos EUA e britânicos. Depois, alguns começaram a compor directamente em inglês, apesar de não terem verdadeiras raízes culturais anglo-saxónicas. Mas, a música era também um negócio.

Os anos que se seguiram, ainda tiveram alguma pujança e viram surgir algumas novas estrelas de música pop e rock. Diga-se que, muitas destas, começaram a ser conhecidas nos finais dos anos sessenta. A geração do festival de Woodstock (1969), foi uma espécie de florescimento de tudo o que tinha sido incubado ao longo da década. 

Depois, houve algo interessante, de um ponto de vista sociológico, o revivalismo dos anos 60. 

Este revivalismo começou logo a uma década ou duas de distância. Ou seja, houve um retomar dos êxitos e sobretudo das fórmulas de sucesso. Ainda aqui, o dinheiro soou mais forte. O sucesso, com retomas de êxitos dos grupos e artistas dos anos sessenta, estava razoavelmente garantido, pois havia sempre um público que vivera os tais anos e aderia ao que tinha sido tão significativo na sua adolescência.

Não digo que o veio de criatividade da música pop e rock se tenha esgotado, mas é sempre difícil ser-se original num contexto em que tudo o que se possa fazer remete, de uma forma ou de outra, para estilos caldeados 60 anos atrás: Como aguentar a confrontação com a primeira geração, com aquela frescura, espontaneidade, adesão entusiástica da juventude que (correcta ou incorrectamente) via na música o veículo para sua própria emancipação?



quinta-feira, 23 de abril de 2020

THE ROLLING STONES «LIVING IN A GHOST TOWN»



• LYRICS ~ I'm a ghost Living in a ghost town I'm a ghost Living in a ghost town You can look for me But I can't be found You can search for me I had to go underground Life was so beautiful Then we all got locked down Feel a like ghost Living in a ghost town Once this place was humming And the air was full of drumming The sound of cymbals crashing Glasses were all smashing Trumpets were all screaming Saxophones were blaring Nobody was caring if it's day or night I'm a ghost Living in a ghost town I'm going nowhere Shut up all alone So much time to lose Just staring at my phone Every night I am dreaming That you'll come and creep in my bed Please let this be over Not stuck in a world without end Preachers were all preaching Charities beseeching Politicians dealing Thieves were happy stealing Widows were all weeping There's no beds for us to sleep in Always had the feeling It will all come tumbling down I'm a ghost Living in a ghost town You can look for me But I can't be found We're all living in a ghost town Living in a ghost town We were so beautiful I was your man about town Living in this ghost town Ain't having any fun If I want a party It's a party of one

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O ROCK AND ROLL DOS PIONEIROS - CHUCK BERRY, CARL PERKINS & LITTLE RICHARD

Vejam e oiçam as versões originais de vários grandes temas do rock-and-roll dos anos 50


Em 69, John Lennon a aquecer a audiência com «Blue Suede Shoes»



Os Creedence Clearwater Revival,  interpretam este clássico
«Good Golly Miss Molly»


 

Os Stones ao vivo  e em estúdio interpretam muitos dos temas de Chuck Berry


   
                                         
              Gene Vincent foi o criador, mas a versão de Elvis e Jerry Lee Lewis é mais conhecida 

Ver também: 


(muitos conhecem a versão dos Beatles)

«Dust My Broom» de Robert Johnson  adaptado por Canned Heat



Os grupos e solistas da onda pop e rock dos anos 60 são tributários - num grau ou noutro - destes pioneiros, o que aliás reconhecem através da adopção dalguns dos maiores sucessos desta primeira geração do rock. 
Na minha geração,  que viveu em pleno o fenómeno pop-rock na segunda metade dos anos 60 e anos 70, muitas destas peças foram ouvidas e conhecidas pelas versões dos Rolling Stones, dos Beatles, de Elvis Presley, etc... antes da audição das versões originais, pelos criadores. 
Por vezes, as versões originais têm maior ímpeto e frescura, outras vezes, os músicos da onda rock seguinte conseguiram apropriar-se (no bom sentido) e dar versões que permanecem na memória musical de muitos de nós. 


domingo, 25 de junho de 2017

VENDO CORRER O RIO... (WATCHING THE RIVER FLOW, BOB DYLAN)

Tal como acontece com muitas obras geniais, esta também foi escrita muito depressa e depois da música ter sido composta. Leiam aqui o relato de como este monumento da música pop foi dado à luz.

                                         https://www.youtube.com/watch?v=zhgZibLRQ0E

Tem sido para mim um dos temas que mais gosto de visitar em Bob Dylan, pela especial adequação entre as complexidades escondidas da letra e a natureza pouco sofisticada da melodia e dos arranjos, embora estejam em perfeita sintonia com o espírito geral da canção. Vejam a letra da canção e a minha tradução...

                                 
       
WATCHING THE RIVER FLOW

What's the matter with me
I don't have much to say
Daylight sneakin' through the window
And I'm still in this all-night cafe
Walkin' to and fro beneath the moon
Out to where the trucks are rollin' slow
To sit down on this bank of sand
And watch the river flow
Wish I was back in the city
Instead of this old bank of sand
With the sun beating down over the chimney tops
And the one I love so close at hand
If I had wings and I could fly
I know where I would go
But right now I'll just sit here so contentedly
And watch the river flow
People disagreeing on all just about everything, yeah
Makes you stop and all wonder why
Why only yesterday I saw somebody on the street
Who just couldn't help but cry
Oh, this ol' river keeps on rollin', though
No matter what gets in the way and which way the wind does blow
And as long as it does I'll just sit here
And watch the river flow
People disagreeing everywhere you look
Makes you want to stop and read a book
Why only yesterday I saw somebody on the street
That was really shook
But this ol' river keeps on rollin', though
No matter what gets in the way and which way the wind does blow
And as long as it does I'll just sit here
And watch the river flow
Watch the river flow
Watchin' the river flow
Watchin' the river flow
But I'll sit down on this bank of sand
And watch the river flow

Songwriters: Bob Dylan / Dylan Bob
Watching the River Flow lyrics © Sony/ATV Music Publishing LLC

VENDO CORRER O RIO*

Que se passa comigo
Não tenho muito para contar,
Durante o dia, mirando pela janela
E neste café fora de horas
Por aqui e ali, sob a Lua
Até onde os camiões rolam devagar
Para me sentar neste banco de areia
E vendo correr o rio


Se estivesse de novo na cidade
Em vez deste banco de areia
Com o Sol a brilhar por cima das chaminés
E quem eu amo junto de mim
Se tivesse asas e pudesse voar
Eu sei para onde iria
Mas agora, fico sentado e contente,
Vendo correr o rio

As pessoas discutem por tudo e por nada
Faz-nos parar e pensar
Porquê, ontem, alguém na rua
Não se conteve e desatou a chorar
Mas o velho rio continua correndo assim
Sem ligar para onde o vento sopra
E enquanto assim for, eu aqui fico sentado
Vendo correr o rio

Vendo correr o rio
Vendo correr o rio
E eu aqui fico sentado

Vendo correr o rio


 [*Tradução de Manuel Banet]