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domingo, 23 de abril de 2017

LE JOUR D'APRÈS - ELEIÇÕES FRANCESAS

                               


Como tenho chamado repetidas vezes a atenção, estas eleições são apenas a encenação conveniente para a continuação da ditadura disfarçada de democracia, a qual - aliás - não é exclusiva da França....

O sistema eleitoral está desenhado para focalizar a atenção dos cidadãos num personagem, mais do que num programa. É assim que se explica que Macron, que nunca fora candidato a coisa nenhuma, tivesse imediatamente uma obsessiva campanha mediática a seu favor.  
As forças do capital não se enganam em relação aos seus verdadeiros aliados. Elas apostam pesadamente, com muito dinheiro, com muito peso de propaganda mediática, naquele que dá as maiores garantias de continuidade do status quo. 

Quanto ao papel de Marine Le Pen e do Front National, é - apesar das aparências - totalmente indispensável ao dispositivo do grande capital. 
Com efeito, funciona como elemento repulsivo das «classes médias», em relação a assuntos que seriam muito perigosos de abordar para a  ditadura corporativa: a crise da UE, do Euro, do papel subordinado da potência (nuclear) francesa face à potência americana dentro da NATO, etc. 
Mesmo que candidatos de esquerda radical abordem esses assuntos sob um prisma totalmente diferente de Marine Le Pen, são automaticamente etiquetados como «filo-fascistas» por uma media prostituta dos grandes interesses. 

É preciso saber qual é a estrutura de propriedade dos grandes media, hoje em dia, em França, para compreender que não existe real liberdade de informar e de ser informado: praticamente, todos os grandes jornais pertencem a grandes grupos, os quais também controlam canais de televisões, radios, editoras, agências de publicidade, num regime de oligopólio. A grande diversidade aparente de títulos e canais apenas reproduz uma e mesma visão das coisas, da economia, da sociedade, do mundo político, etc.

A ditadura ou totalitarismo do século XXI é um dispositivo que não utiliza muito frequentemente a violência física, ou se a utiliza, o faz em terras longíquas e de modo que esta seja vista como «proteção» dos valores dos direitos humanos e não como arbitrárias intervenções bélicas (lembram-se da ex-Jugoslávia, da Líbia, da Síria...?). 
Criminaliza a dissidência, infiltrando elementos violentos em manifestações pacíficas, para dar pretexto à intervenção das «forças da ordem». 
Induz elementos radicadizados por um Islão fundamentalista a passarem à ação, retirando a vigilância policial a que estavam sujeitos, depois de regressarem da jihad em terras sírias (este foi o cenário que proporcionou o ataque ao Charlie Hebdo, repetindo-se noutras ocasiões). 

O Estado precisa do terror: cria as condições em que existe efectivamente uma causa - a agressão militar das potências ocidentais contra as populações civis do Médio Oriente - «legitimando» os actos de terrorismo. Impulsiona esse mesmo terrorismo através de agentes provocadores em círculos de fundamentalistas diversos. Vários são os testemunhos de «whistleblowers», um dos quais (ex-operacional da CIA) afirmou recentemente que os ataques terroristas são 100% fabricados, são «ataques de falsa bandeira».

A quebra do ciclo da ditadura terrorista do capital não será obtida pelo meio de eleições. Como sabemos, se «as eleições fossem capazes de mudar a sério a vida, há muito que estariam proíbidas».
As eleições - pelo contrário - são um dispositivo que mantém as populações na ilusão de que vivem em «democracia», não havendo portanto que se rebelarem contra leis liberticidas, contra as espoliações dos seus direitos cívicos e sociais, contra a negação de direitos humanos fundamentais, como o de efectivamente viver do seu trabalho, etc. 

Os oprimidos não têm nada a ganhar em entrarem no jogo dos opressores: é como um casino em que os croupiers podem influenciar os resultados - em qualquer momento - de forma a que estes sejam os mais favoráveis aos interesses dos patrões ...

Os partidos que colaboram na farsa eleitoral são poeira para os olhos dos oprimidos. São parte da manipulação orquestrada pelos opressores, pois estes são «legitimados» pela presença no terreno eleitoral de partidos e candidatos supostamente ou nominalmente anti-capitalistas.

O terreno favorável aos oprimidos é apenas o da luta social; aí, realmente, pesa o número e a união das pessoas, independentemente de suas particularidades ideológicas, étnicas, culturais etc, apenas atendendo à sua situação em termos de classe. 
Os oprimidos só se poderão libertar, se estiverem capazes de se auto-organizar em redes horizontais, reivindicando os seus direitos, fazendo pressão permanente para os arrancarem aos que comandam o Estado e o capital. 



quarta-feira, 15 de março de 2017

ELEIÇÕES FRANCESAS: FICARÃO OS MUROS?

Depois das peripécias mais ou menos grotescas da candidatura de Fillon, acossado por uma parte da elite, que queria que ele cedesse o lugar ao candidato mais bem posicionado para perpetuar o sistema (Macron), criaram-se as condições para uma «tempestade perfeita», que irá colocar no poder Marine Le Pen. 

Digo isto, sem qualquer dúvida, pois, mesmo que ela não consiga derrotar o seu opositor na segunda volta das presidenciais, terá o regime completamente debaixo do seu polegar.
Com efeito, depois das presidenciais há as legislativas e as municipais. 
Não é normal que uma força política - neste caso, o FN - tenha um quarto ou um terço do eleitorado e depois, ao nível dos órgãos de representação, não se observem quaisquer representantes ou tenham assento numa proporção muito menor. 
Assim, o regime fica refém desta força política, pois Marine e o FN estarão sempre em condições de posar como excluídos, como vítimas, como discriminados. 
Podem portanto (continuar a) chantagear as restantes forças políticas, as quais se apressam a ceder às sucessivas chantagens, aplicando o programa do FN, mas em nome do «espírito da República».
É nesta fantochada que anda o regime francês, há pelo menos dez anos. Qualquer pessoa com bom senso hesitaria a designar isso como regime democrático. 
Com efeito, tem sido o hábil manobrismo de pessoas que partilham o poder há décadas e o seu absoluto desprezo pelos humildes que tem empurrado os destituídos, os «sem-voz», para os braços da extrema-direita. 
Os operários, os trabalhadores modestos, deixaram de se reconhecer nos tradicionais partidos operários, socialista e comunista. 
O mesmo fenómeno - com as necessárias adaptações - se verificou na eleição de Donald Trump. 
Uma fatia importante do eleitorado escolhe o candidato percebido como vindo de fora do sistema (que, de facto, não será), mais por raiva contra os senhores no poder, do que por adesão real ao programa e ideário desse candidato(a). 

A democracia em França foi sendo socavada em sucessivos momentos, após a vaga de fundo imediatamente a seguir à libertação, após a II Guerra Mundial. 
Nessa altura, tratava-se de a burguesia ceder, em quase tudo, a uma classe operária aguerrida e triunfante, para conservar o essencial. 
Agora, trata-se de salvaguardar os privilégios de uma nova feudalidade que se instalou no poder durante os longos anos da Vª República, através de um «delfim do regime» (Macron).


A alternativa, para a grande burguesia, será de recompor as alianças num quadro de retração nacionalista, xenófobo e intolerante, no caso de um triunfo imediato de Marine Le Pen obrigar a isso. 

Penso que a salvaguarda do status quo é o «plano A» da oligarquia e que a opção Le Pen será o «plano B». 
Mas, em qualquer dos casos, serão eles a gerir o resultado, será sempre a oligarquia a triunfar, não tenhamos dúvidas. 

Está quase completo o trabalho de esvaziar de conteúdo democrático a República, no «país dos direitos humanos»... ficarão os muros?
- Os muros ficarão, obviamente, para dar a ilusão de que a democracia continua... 

quarta-feira, 1 de março de 2017

UMA INEVITÁVEL ASCENÇÃO E UMA PREVISÍVEL QUEDA


Inevitável? Refiro-me à ascenção do FN e de Marine Le Pen. 

                               

Sim, inevitável, porque tudo o que se passa nos meandros da política francesa vai no mesmo sentido: isto é, cada vez mais os erros dos políticos do establishment, quer sejam da direita ou da esquerda, empurram os eleitores para os braços da extrema-direita. Até mesmo a diabolização de Trump pela média mainstream, com o falso paralelo entre o fenómeno Trump e o fenómeno Marine Le Pen, vêm dar mais lustro à «alternativa», que afinal joga apenas na superfície.
Escrevo-a entre aspas pois é uma «alternativa» entre facções da oligocracia, como expliquei em devido tempo neste blog, a propósito da contenda entre a Hillary e o Donald.  
Igualmente, tudo está sendo feito no sentido de dar força à extrema-direita, revestida das cores da defesa da nação, do povo, etc. 
Porém, é a oligarquia do dinheiro que decide as eleições de um lado e do outro do Atlântico. Foi ela que permitiu que Trump vencesse: preferiu alimentar a ilusão dos eleitores - descontentes com o sistema - mas incapazes de ver, para além dos discursos e slogans de campanha, a «real realidade» do poder político nos EUA. 
Do mesmo modo, a cleptocracia eurocrática prefere que «vão para a fogueira» alguns dos seus pares da política mainstream, como François Fillon, para dar contento às massas, fazê-las crer que elas mandam qualquer coisa. 
Tudo parece conjugar-se para que Marine Le Pen obtenha um bom score na primeira volta das presidenciais, que se distancie os candidatos mais próximos, nomeadamente, de Macron
- Estará a oligarquia pensando que uma «união sagrada» de todos os outros candidatos em apoio ao delfim do regime, Macron, será uma boa coisa?
Este mecanismo operou nas eleições presidenciais de 2002 que levaram o Presidente Chirac a confrontar-se com Jean-Marie Le Pen (o pai de Marine). Toda a «classe política mainstream» e grande parte do eleitorado esperam uma repetição do cenário.

A surpresa (o cisne preto) será algo que sai fora no quadro acima traçado, mas cuja eventualidade não foi prevista por ninguém ou quase. 
Pode acontecer o «impensável», pela simples razão de que o público em geral não é informado, mas submetido a doses constantes de propaganda. 
A forma mais insidiosa de propaganda é a que se disfarça de sondagens à opinião dos eleitores. Estas sondagens são falsificadas de mil e uma maneiras, para satisfazer os que encomendam a sondagem. Isto passou-se com a recente campanha eleitoral americana. Foi com isso que se tornou «impossibilidade», no espírito de muita gente, a eleição de Trump.
Muitas situações inesperadas podem, no entanto, ocorrer: A diferença nas sondagens, entre o candidato mainstream dado como favorito (Macron) e Marine Le Pen, tem vindo a diminuir semana após semana. Pode dar-se o caso de, na realidade, ser muito menor do que a media e as sondagens fazem crer. 
Na segunda volta, uma percentagem significativa de eleitores poderia não estar disponível para apoiar Macron, um peão saído do banco Rothchild. Ou um número significativo de abstencionistas da primeira volta, mobilizarem-se para votar «Marine» na segunda volta... ou outra mudança qualquer, não prevista nas sondagens. 

Estou interessado em compreender a política a um nível profundo, não em fazer vaticínios ou distribuir sanções e/ou prémios morais aos candidatos. 
Certamente, existe uma rede de interesses por detrás de cada candidato à presidência. No momento da segunda volta, não apenas os eleitores se polarizam, também os grupos de interesses fazem alianças ou - pelo contrário - rompem pactos, por detrás da cortina. Para mim, é um dado adquirido que a grande finança está apostada em reduzir a expressão política da classe trabalhadora, por muito reformista e inócua que ela seja. 
Os oligarcas sabem que se aproximam tempos difíceis. Na sua perspectiva, é preciso uma mão pesada que possa intimidar, ou mesmo calar, os explorados demasiado incómodos. 
Já sabemos, de múltiplos exemplos passados, que os regimes de democracia liberal são fascismos encapotados, porém a oligarquia tem necessidade da extrema-direita para fazer o trabalho sujo.  

No contexto, já não apenas francês, mas europeu, o grande capital financeiro e industrial sabe que é preciso sair do imbróglio de políticas contraditórias em que a casta política eurocrática se meteu e meteu o projeto europeu... O contexto de estagnação da zona euro, a crise larvar institucional, não podem durar muito mais. Será que eles querem «fazer rebentar o furúnculo»? 
Talvez... Neste caso, o esvaziamento controlado da União Europeia, permitiria o retomar das rédeas e, sobretudo, moldaria a paisagem política a contento dos poderosos. 



Alternativamente, não haveria senão a revolução. Porém, o perigo (para o grande capital) de uma insurreição não está na agenda. 
Para tal, tem contribuído o completo fracasso das forças sociais e políticas (partidos e sindicatos) que se têm atribuído a representação dos  trabalhadores na Europa. A oligarquia está bem ciente disso.
Coloco como hipótese, a ser confirmada ou não no futuro próximo, o seguinte:
A oligarquia pretende que a UE seja desmontada. Os chamados populismos farão o papel de «engenheiros em demolições».








quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

SE HÁ CASO EM QUE DETESTO TER RAZÃO...

Então, o caso é este:

A figura de Marine le Pen surge -por muito triste que isto seja - como uma tábua de salvação a muitos eleitores franceses, face à enorme podridão moral que infesta toda a casta política gaulesa. 

Como cidadão francês, causa-me especial nojo pensar que os socialistas abrigaram Cahuzac, o ministro das finanças, encarregue de perseguir pessoas culpadas de evasão ao fisco, sendo ele próprio um «belo» exemplo dessa mesma evasão! Ou agora, o candidato da direita, dita «civilizada» (supostamente republicana e gaullista), Fillon,  que dá o exemplo de «combate ao desemprego» recrutando sua esposa e filhos em empregos fictícios, pela bagatela dum milhão de euros  subtraídos ao erário público! 

Lamento dizê-lo, mas não existe possibilidade de outro desfecho senão a eleição de Marine le Pen. Não há hipótese de um sobressalto popular, pois o povo miúdo sente-se traído por um partido de «esquerda» que esqueceu completamente as suas raízes operárias e embarcou numa deriva de subserviência canina ao grande capital, ao imperialismo. 
Agora, parece-me inevitável que, em França, seja eleita como presidente alguém da extrema-direita. 
Este processo é «exemplar do que se não deve fazer». Os partidos tradicionais de esquerda e direita, com o seu comportamento deram a aparência de legitimidade à extrema-direita. 

Esta aparência de legitimidade foi potenciada pela política-espetáculo (= endoutrinamento massivo dos eleitores pela mass-media e sistema estatal), a qual foi habilmente utilizada pela extrema-direita, o que não surpreende, pois os seus inspiradores (Mussolini, Hitler, entre outros...) eram mestres em propaganda.

O resultado está aqui: 


Daqui a uns dias, o score para a faixa etária dos 18-35 anos será ainda mais negativo para os políticos «convencionais» e melhor para a candidata de extrema-direita. 
Remeto para o meu artigo de 18 de Janeiro deste ano. 

Escrevo isto com imenso pesar, porém sem aligeirar as responsabilidades das pessoas, organizações e dirigentes «de esquerda»!   

sábado, 28 de janeiro de 2017

UMA «REVOLUÇÃO COLORIDA» ESTÁ EM CURSO, DESTA VEZ NOS EUA?

A violenta e incessante campanha, em todas as frentes, para deslegitimar Donald Trump, como 45º presidente dos EUA, está em curso, desde o momento da sua eleição e continua agora, para além da sua tomada de posse.
Como de costume, nas «revoluções coloridas» anteriores, as massas são manipuladas pelas ONGs ao serviço de interesses ocultos, financiadas discretamente por fundações Soros e outras. A própria CIA tem uma postura sediciosa, ao tomar a iniciativa de investigar pessoas altamente colocadas, da confiança do actual presidente. 
Não ficaria surpreendido se Donald Trump fosse deposto por um golpe palaciano. Não sei, de facto, qual o processo que irão utilizar, irão recorrer a todos os artifícios para fazer valer um «impeachment». 
Lamento o que acontece. Não por ter alguma simpatia pela política ou pela personagem de Trump. Mas porque sei que os neo-cons - instalados no «Estado profundo»-  estão interessados em verem-se livres de Trump para levar a cabo a sua política criminosa, belicista, e que irá fatalmente desembocar numa guerra mundial.
Esta realidade é obscurecida pela enorme onda de propaganda que serve sobretudo para neutralizar as massas de «esquerda». Elas estão a ser usadas como massa de manobra para alcançar objectivos dos quais não têm a mínima consciência
Foi assim, aliás, que muitos ucranianos fartos da corrupção no seu país, foram utilizados como massa de manobra para o golpe levado a cabo por neo-fascistas, em Kiev, com o apoio ativo de serviços secretos ocidentais.
A inteligência é não nos deixarmos embarcar por campanhas políticas de uns e de outros. 
As facções políticas conseguem fazer os seus golpes e manobras sujas, graças à inconsciência e impreparação de muitas pessoas generosas, mas iludidas, incapazes de ver o que se passa por detrás dos panos de cena.

Oxalá eu me engane, mas tenho tido lucidez bastante para prever, em textos anteriores a 2008, a ascenção da extrema-direita e a desagração das esquerdas, transformadas em meros peões dos grandes interesses corporativos. 
Também tive a lucidez para ver que a «Obama-mania»,  desde a sua primeira eleição, era completamente vazia de fundamento, sendo o «reinado» do anterior presidente o mais anti-paz no mundo que jamais existiu, nem sequer sendo favorável aos pobres do seu país, que ficaram em desemprego ou emprego precário, enquanto o seu mandato foi uma benesse para os muito ricos.
Previ, contra todos os vaticínios à minha volta, que o referendo pela saída do Reino Unido iria ser uma enorme derrota para o establishment britânico e da União Europeia. 
Por fim, devido a ter compreendido o porquê da campanha mediática contra Trump, estimei que este tinha reais hipóteses de ser eleito e disse-o em várias ocasiões.
Posso estar errado, mas parece-me que na Europa também, uma «esquerda pós-moderna» arrimada a um modelo de ativismo segundo «campanhas» identitárias, completamente divorciada das classes laboriosas, vai cair na mesma armadilha que a esquerda dos EUA, preparando o terreno para que Marine Le Pen e seus adeptos vençam as eleições.

Se assim fôr, o mais certo é que seremos nós a sofrer na pele as consequências da estupidez de outros!



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

JOVEM DE EXTREMA-DIREITA ESBOFETEOU MANUEL VALLS, ONTÉM

O estúpido incidente na Bretanha, enquanto Manuel Valls fazia uma ação de campanha, pode ser considerado um caso menor mas revela o estado de espírito dos franceses. Com efeito, juntaram-se logo dois grupos; um que pretende salvaguardar o jovem de extrema-direita de consequências penais do seu gesto, outro que - pelo contrário - exige que justiça seja feita e que ele seja severamente punido pela agressão.

A esquerda francesa nunca esteve tão fraca como agora. 
O descontentamento entre as pessoas humildes, que deveriam teoricamente constituir o eleitorado natural da esquerda, é enorme. 
O que este incidente violento e estúpido revela é que , nas eleições, vai predominar o elemento passional, vai haver muita gente que vai votar Marine LePen, pois estão fartos do establishment. 
Não me admira que Marine Le Pen ganhe a eleição à primeira volta, por maioria absoluta. Já é dado como certo que ela ficará em primeiro lugar na primeira volta.