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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

ASSANGE E APOIANTES LUTAM PARA EVITAR EXTRADIÇÃO PARA OS EUA


                                           Filmagem em direto no exterior do tribunal onde está a decorrer o julgamento de extradição de Julian Assange

Chris Hedges explica a importância deste recurso final de Assange, junto do tribunal britânico:

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

A ARTE DE BURLAR (NEGÓCIO RENTÁVEL E QUASE IMPUNIDADE!)

 

A venda de talismãs, com a suposta propriedade de curas miraculosas, deveria ser interdita. É uma burla evidente que atinge sobretudo pessoas desesperadas.

As associações criminosas especializadas nestes esquemas de abuso são das mais rentáveis e a sua repressão é - na maior parte das vezes -  lenta e ineficaz. 

Abaixo, o link para um inquérito jornalístico português. Este revela muito sobre a corrupção em Portugal, associada com os EUA e outros países*, assim como a ineficácia dos mecanismos judiciais para detetar, incriminar e condenar este tipo de burlas. LEIA, VALE A PENA!


Autor: Diogo Augusto

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*Nota: Estes países incluem  Austrália, Reino Unido, Dinamarca, Países Baixos e Espanha.
No passado, as Ilhas Virgens eram um dos portos seguros das Caraíbas para piratas, traficantes e contrabandistas. Hoje, são os proprietários de contas bancárias com negócios criminosos ou ilegais, que continuam a tradição!


 

sábado, 6 de maio de 2023

PRIMEIRO-MINISTRO DA AUSTRÁLIA, «FRUSTRADO» PELA SITUAÇÃO DE ASSANGE

 https://www.zerohedge.com/political/australia-pm-says-enough-enough-no-point-us-pursuing-assange


Albanese diz-se frustrado, mas não faz o óbvio: que seria exigir que o cidadão australiano Assange seja libertado pelo Reino Unido e que os EUA deixem de perseguir o jornalista fundador de WikiLeaks. Argumenta que está frustrado e que «basta é basta», mas não «pode fazer mais nada» senão exprimir a sua frustração!  Isto demonstra como o primeiro-ministro da Austrália está subjugado ou submisso ao poder imperial americano. Com efeito, a Austrália tem colaborado com os EUA na construção de uma ameaça muito séria contra a China. Mas, essa colaboração monstruosa para desencadear uma guerra contra o maior parceiro comercial da Austrália (a China) poderia ficar fragilizada. Por isso,  o primeiro-ministro australiano nunca se atreveria a exigir o fim da perseguição judicial contra Assange. 

É evidente, pela peça citada acima,  que Albanese não está a argumentar de forma coerente, pois ele não menciona sequer que Assange se limitou a fazer aquilo que a própria constituição dos EUA garante: a liberdade de informar. Muitos «whistleblowers» (dadores de alarme) fizeram exatamente isso, ou seja, publicaram informação confidencial que causava «problemas» à Administração dos EUA. Inclusive Obama não acionou um processo contra o fundador de WikiLeaks, devido ao facto de - em coerência com esse ato - ter de processar também a imprensa mainstream dos EUA e de países aliados, que publicara extensas peças, revelando os conteúdos de WikiLeaks. 

Seja qual for o desfecho deste caso, a pessoa com mais mérito é Assange, pois revelou crimes de guerra das tropas de ocupação da OTAN no Iraque (não esquecer a conivência internacional num dos maiores massacres da história e o maior do século XXI). O autor dos crimes, o governo dos EUA e seus aliados, absolve-se a si próprio: Não houve a abertura de um processo-crime aos responsáveis hierárquicos dos horrendos crimes (mortes deliberadas de civis desarmados, tortura de prisioneiros, etc.) cometidos. Afeganistão, Líbia, Síria, Iémen, são outros países do Médio-Oriente e Norte de África, onde a potência da «rules based international order» mostrou em que consistia: Os EUA exercerem a sua hegemonia, à margem de qualquer princípio ético e as mais elementares regras de Direitos Humanos. A monstruosidade disto tem sido ocultada a uma parte do público, porque a media tem tido o papel nojento de atacar o divulgador desses crimes, da forma mais baixa, enquanto não diz nada sobre a natureza e gravidade dos crimes dos EUA e das potências coniventes(*).

Os próprios atos do aparelho da «justiça» americana, no caso Assange, expõem os imperialistas: Eles não estão interessados, senão em guardar o poder, mesmo que mostrem a todo o mundo que o seu conceito da «justiça» ou de «Direitos Humanos» é um cínico e vazio chorrilho de palavras. São palavras para ocultar os crimes pelos quais têm morrido e sofrido incontáveis inocentes (muitos milhões) em várias partes do mundo. 

 Assange, tal como outras pessoas que têm denunciado as derivas autoritárias dos governos, são os verdadeiros heróis, são aqueles que eu estimo: Estão ao lado das vítimas, com perigo para sua própria vida e liberdade. Altruisticamente, disseram a verdade. 

Os Albanese deste mundo não me impressionam, apenas querem garantir que os seus eleitores sejam mais uma vez enganados e que votem por eles na ilusão de que eles são «pessoas de bem», mas «impotentes» para fazer algo!


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(*) As invasões do Afeganistão e do Iraque contaram com uma coligação incluindo países aliados da OTAN e outros.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

CRIMINOSOS, SÃO OS PODERES E SEUS CÚMPLICES QUE PRETENDEM CALAR JULIAN ASSANGE

                 

                                  Discurso de John Pilger 


                       
Ontem, dia 7 de Setembro 2020, iniciou-se a fase final de julgamento para decidir da extradição de Julian Assange para os EUA. Lembremos que Assange é cidadão australiano, não é portanto juridicamente válido, à partida, este pedido de extradição. 

O jornalista Neil Clark, relata no RT que - em paralelo a esta farsa de julgamento de Assange - um outro preso de Belmarch, acusado de pertencer ao ISIS, é libertado. De forma previsível, ele começa a cometer crimes, esfaqueando a torto e a direito, as pessoas na rua.

Por outro lado, Julian Assange não cometeu nenhum crime, de acordo com reputados juristas, apenas publicou material de interesse para o público. O Reino Unido (e a Suécia, anteriormente) está a mostrar sua face de vassalo do império USA. Ficam grotescos seus governantes, quando fazem declarações moralistas em relação a supostas ou reais violações dos direitos humanos, noutros países.

Segundo o autor do blog Moon of Alabama, não há dúvida de que o julgamento vai decidir pela extradição. Algo que já está, na realidade, decidido desde Março. Assange foi sujeito a pressões psicológicas, que são classificadas como formas de tortura por enviado especial da ONU. Assim mostram a verdadeira face do poder e a «mansidão» deste, para quem desmascarou seus crimes e hipocrisias. 

Lamentavelmente, os media corporativos todo-poderosos, tiveram neste assunto um papel de co-autoria moral neste crime contra a integridade física e psíquica de Assange. Com efeito, depois de terem aproveitado, como material de notícia, as informações fornecidas por Wikileaks - ganhando, tais meios de comunicação de massa, uma injustificada fama de independência em relação aos poderes - foram os primeiros a se mobilizarem para enegrecer a imagem do fundador de Wikileaks, para o mostrar como um «hacker», como alguém desprezível que de modo nenhum - segundo eles - se poderia equiparar a jornalista ou editor. Caitlin Johnstone  correlaciona o modo, digno da Inquisição, como está a decorrer este processo de Assange, com a rápida transformação dos Estados ditos democráticos, em Estados autoritários e repressivos. 

Muitos já registaram e compreenderam como a imprensa mainstream está nas mãos dos grandes interesses corporativos e como seus jornalistas se tornaram em meras caixas-de-ressonância do Estado Profundo, seja ele britânico, americano ou de outra nação. 

Mesmo que Assange perca esta batalha legal, ele não perdeu a estima, a consideração e o apoio de milhões de pessoas, anónimas ou célebres, que compreenderam perfeitamente que, para além do trágico caso humano, estão também em causa valores tão importantes como a liberdade de imprensa, a liberdade de opinião, a garantia de processo justo e imparcial, o respeito dos tribunais pelas próprias leis e pelos Direitos Humanos. 

Em resumo; quem pense que nos países do «Ocidente» (EUA e aliados) vigoram as regras do Estado de Direito, onde são respeitados os Direitos Humanos, que investigue a fundo o caso Assange e perca as suas ilusões. Aliás, toda a narrativa de «defesa dos Direitos Humanos», cai por terra quando, quem a profere, é o primeiro a violá-los e da forma mais grave...  



terça-feira, 21 de maio de 2019

LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE!



Estas acusações contra Assange são um insulto ao conceito de justiça*: Difamação institucionalizada e perseguição vingativa. 


Além, disso, as pessoas que lutam (com muita razão) contra os abusos sexuais, incluindo da violação, deveriam erguer-se contra esta farsa de «justiça». A acusação sueca contra Assange, não defende a causa de mulheres que foram verdadeiramente violadas. Toda esta maquinação acaba por banalizar o termo «violação»! 

Depois de ter visto este vídeo, fico com a convicção de que as autoridades e o sistema judicial sueco são doentes mentais.

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*para uma análise detalhada, leia o excelente artigo:
"The Missing Step" por Craig Murray

sábado, 17 de novembro de 2018

ASSASSINATO PREMEDITADO DE ASSANGE?

Que esta época seja das mais contrárias à liberdade de informar e ser informado tem realmente uma forte confirmação em todo o percurso da perseguição contra Julian Assange, «culpado» afinal de revelar os podres, os segredos, que os poderosos pretendiam esconder das massas, de fazer afinal o que os jornalistas profissionais fizeram em tempos idos e deixaram de fazer, após serem (quase todos) incorporados na máquina de triturar cérebros e vontades chamada «mainstream media».

Uma imprudência acidental da máquina judiciária dos EUA permitiu desvendar a acusação secreta contra Assange e Wikileaks, que «justificaria» a sua extradição, entrega e condenação a um pseudo-aparelho de justiça tão enviesado como a Inquisição da Igreja Católica, em tempos de cruzadas contra os heréticos e os «marranos»...

 Leia-se « U.S. Optimistic It Will Soon Prosecute WikiLeaks Founder Julian Assange»:
http://www.informationclearinghouse.info/50615.htm

e também, «Trump Quietly Orders Elimination of Assange» :
http://www.informationclearinghouse.info/50620.htm


A tentativa de calar - por todos os meios possíveis - Wikileaks e Julian Assange, não esmoreceu nem um pouco. Esperam simplesmente que o crime seja feito sem que levante a suspeita na opinião pública de que se tratou de um deliberado e continuado atentado à sua vida, à sua integridade física e mental. 
Por isso, é muito importante divulgar, por todos os meios ao nosso alcance, estes factos. Não é apenas a vida e liberdade de Assange que estão em jogo, mas igualmente toda a liberdade de informar e ser informado. 
Se eles conseguirem os seus intentos terão ganho, pelo menos provisoriamente e nós, os cidadãos em geral, no mundo inteiro, teremos perdido, mais uma vez. 
Por isso, quero ter esperança de que as pessoas serão suficientemente lúcidas para desmascarar, denunciar, esta profunda injustiça, esta perseguição cruel contra um homem que não cometeu nada mais, afinal, senão o «crime» de informar sobre os crimes e desvarios dos poderosos.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

UMA CRÓNICA REPUGNANTE

Hesitei longo tempo em escrever esta crónica, porque os factos à qual esta se refere são simplesmente repugnantes. 
Toda a gente em Portugal comenta a notícia da sentença do Tribunal da Relação do Porto, que considera aceitável violência (exercida com sadismo, ainda por cima) pelo marido, devido a se tratar de uma mulher adúltera. 
Foi preciso uma afirmação do Presidente da República, de que «todos os magistrados são obrigados, obviamente, a cumprir a Constituição da República» para que o Conselho Superior da Magistratura instaurasse um inquérito disciplinar. 
Ora, acontece que o juiz que redigiu a sentença infame tinha antecedentes em desculpar a violência contra mulheres e mesmo em «justificar» violência contra criança de quatro anos.

Estes factos, quando saltam dos tribunais para as primeiras páginas dos jornais e para a discussão pública, são chocantes porque as pessoas têm uma noção intuitiva da justiça que está exatamente no polo oposto do comportamento destes juízes. Aliás, não é assim tão raro - em Portugal - vir a público uma notícia de uma sentença completamente disparatada e com fundamentos absurdos, como foi este recente caso, que despoletou a onda de indignação em todo o país. 

Infelizmente, as pessoas estão completamente equivocadas em relação à chamada «justiça». Ela é efetivamente uma justiça de classe e os seus guardiões de toga estão ao serviço do Estado, não ao serviço dos cidadãos. São privilegiados - pelo próprio estatuto e pelo Estado - que se veem numa situação de impunidade. 

Muitos devem ver-se a si próprios como fora do alcance de qualquer medida disciplinar, mesmo quando pisam e distorcem de forma grotesca a letra e o espírito da lei. Muitos, não apenas aqueles juízes do Tribunal da Relação do Porto, pensam que podem decretar sentenças segundo o seu parecer subjetivo e distorcer - até à caricatura - os fundamentos legais, sobre os quais essas mesmas sentenças teoricamente deveriam repousar.

Sem dúvida, o ordenamento do Estado tem a ver com esta situação de virtual impunidade dos juízes: a prática tem-lhes mostrado que poucas vezes algo acontece em termos disciplinares, seja qual for a sentença proferida, seja qual for o fundamento invocado para a mesma. 
Pressupõe-se que um juiz deve ser respeitoso da Constituição e das Leis, mas a sua posição é praticamente inamovível ou é preciso um escândalo de enormes proporções, como este, da «sentença da mulher adúltera», para que algo sério lhes aconteça, em termos disciplinares.

A um nível diferente, também os polícias são salvaguardados de sérias consequências dos seus atos, mesmo quando estes envolvem clara violação dos direitos das pessoas, um desrespeito óbvio pela lei e atos de brutalidade. Tanto no caso dos magistrados como dos polícias, há alguns elementos que interpretam de forma «demasiado lata» a impunidade que - de facto- lhes é facultada pelo Estado - dito- de «Direito», com suas leis e práticas disciplinares. 

Que eles têm a proteção do aparelho e dos agentes do Estado, pode ser comprovado por nunca serem postos em causa quando ocorre a repressão brutal e totalmente injustificada de manifestações, que eles consideram «contrária à ordem pública», mesmo manifestações legalmente convocadas, onde não exista qualquer ato agressivo de manifestantes. 
Nestas ocasiões, quanto muito, pode surgir alguma indignação pública por «actos desproporcionados» por parte dos polícias ou sentenças «demasiado severas» por parte de juízes. 

Mas não se equaciona nunca que estes são levados a cabo pelos mesmos que os das sentenças aberrantes ou dos atos brutais nas esquadras. Se não são os mesmos, pertencem todos ao mesmo caldo de cultura dos tribunais e das esquadras. 

Se um indivíduo de origem africana é agredido no interior de uma esquadra ou se uma mulher, que sofreu agressão física pelo seu marido com um bastão cheio de pregos, é sujeita a uma sentença totalmente absurda, a indignação do público, muito justificadamente, sobe ao rubro. 

Porém, após o anúncio de um inquérito, parece que tudo volta à normalidade, tudo entra «na ordem». As punições disciplinares são decretadas e aplicadas muito tempo depois e com a maior das indulgências, por norma, ou não fossem eles também, os que as decretam,  guardiãos do sistema.

Não nos iludamos: a justiça é de classe e defensora do Estado acima de tudo. As corporações, supostamente especializadas em defender a legalidade, têm de defender o Estado, acima de tudo! 
... e as pessoas? - Bem, estas, deve-se dar a impressão de que o Estado «se preocupa» com elas.

Uma justiça de verdade só poderá ser baseada num poder real do povo; não me admira nada que numa sociedade divida em classes e onde o poder do dinheiro «soa» cada vez mais alto, a justiça seja o lamentável espectáculo que se vê.