Os combatentes do Hamas puderam treinar-se a pilotar parapentes motorizados sem despertar suspeitas.

Segundo a versão oficial, o ataque do Hamas «apanhou de surpresa» Israel. Porém, há uma série de factos inexplicáveis que não tornam credível a versão oficial.

Como é possível que a barreira de Gaza tenha sido arrombada com buldózer sem que ninguém se apercebesse? A barreira que circunda Gaza, com 64 quilómetros de extensão, é formada por um muro subterrâneo dotado de sensores para impedir a escavação de túneis, e uma cerca de 6 metros de altura com sensores, radares, câmaras e sistemas de armas automáticas ligados a um centro de comando, e que é controlada por soldados.

Como é possível que nesse mesmo dia se realizasse um festival de música, com milhares de jovens, no deserto a poucos quilómetros de Gaza, numa zona já considerada perigosa por estar no raio de acção dos foguetes do Hamas, para mais sem qualquer força segurança?

Como é possível que, quando os militantes do Hamas atacaram mais de 20 centros populacionais israelitas (israelenses-br), matando (segundo os dados oficiais) 1. 300 pessoas, não tenham imediatamente intervido com helicópteros as Forças Especiais israelitas, consideradas entre as melhores do mundo, e tenham intervindo apenas forças de policia ?

Como é possível que a Mossad, considerada um dos mais eficientes Serviços Secretos do mundo, não tenha dado conta que o Hamas estava a preparar o ataque ?

As respostas essenciais encontram-se num artigo, publicado a 8 de Outubro pelo diário israelita The Times of Israel : « Durante anos, os vários governos dirigidos por Benjamin Netanyahu adoptaram uma política que dividiu a Faixa de Gaza e a Cisjordânia entre dois poderes diferentes. Pondo de joelhos o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e favorecendo o Hamas. Este foi tratado como um parceiro em detrimento da Autoridade Palestiniana para evitar Abbas de avançar no sentido da criação de um Estado Palestiniano. O Hamas foi promovido de grupo terrorista a organização com a qual Israel conduziu negociações por intermédio do Egipto, e ao qual foi dada permissão para receber do Catar, através das passagens de Gaza, malas contendo milhões de dólares ».

Todos estes factos traçam um cenário semelhante ao do ataque terrorista a Nova Iorque e Washington em 11 de Setembro de 2001, quando todo o sistema de inteligência e defesa dos EUA foi « apanhado de surpresa » pelo ataque da Alcaida. Provas irrefutáveis (oficialmente ignoradas ou rejeitadas como «conspiracionismo») demonstram que foi uma operação levada a cabo pela CIA (provavelmente com a participação da Mossad) para desencadear a « guerra global ao terrorismo » com a invasão do Afeganistão e do Iraque e as subsequentes guerras. Algo de semelhante está a acontecer hoje em Israel, no qual todo o sistema de inteligência e defesa teria sido «apanhado de surpresa» pelo ataque do Hamas.

O fim estratégico da operação é, por um lado, exterminar os Palestinianos (até agora houve mais de 1. 500 mortos, incluindo 500 crianças, e mais de 7. 000 feridos) e apoderar-se dos seus territórios (o comando israelita ordenou a evacuação de mais de um milhão de habitantes, mais de metade de toda a população, da metade norte de Gaza). Por outro lado, o objectivo estratégico da operação é desencadear, visando o Irão, uma reacção em cadeia de guerras num Médio-Oriente onde os Estados Unidos, Israel e as potências europeias estão a perder terreno.

Tradução
Alva


PS2: significativa informação do recente artigo de Scott Ritter:
«...While Israeli forces have been able to penetrate into the less urbanized areas of the northern Gaza strip, taking advantage of the mobility and firepower of its armored troops, the progress is illusory, as Hamas forces harry the Israelis continuously, using deadly tandem-warhead rockets to disable or destroy Israeli vehicles, killing scores of Israeli soldiers and wounding hundreds more. While Israel has been reticent in releasing the figures of armored vehicles lost in this fashion, Hamas claims the number is in the hundreds. Hamas’ claims are bolstered by the fact that Israel has halted the sale of older Merkava 3 tanks, and instead has organized their inventory of these vehicles into new reserve armor battalions to make up for the heavy losses being sustained in both Gaza and along the northern border with Lebanon, where Hezbollah forces are engaged in a deadly war of attrition with Israel in operations designed to support Hamas in Gaza. »

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(01/12/2023) Posição do presidente do governo de Espanha, que afirmou na visita a Israel, um ponto de vista independente e favorável ao povo de Gaza: