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quinta-feira, 14 de julho de 2022

A INJUSTIÇA DA TAXA CARBONO



 Lembram-se das medidas a favor do ambiente, de luta contra o aquecimento climático, produzidas e reiteradas nas sucessivas COP

Eu aposto que, no concreto, quase ninguém se lembra doutras «medidas urgentes», além das famosas taxas carbono, como se fossem a salvação da humanidade. Em boa hora, avisei os bem intencionados ecologistas de que esta taxa carbono era apenas um esquema perverso dos grandes empórios financeiros, os bancos «sistémicos» e dos governos ao seu serviço, para se capitalizarem, à nossa custa. Impostos carbono, geridos por bancos «sistémicos», capitais disponíveis para distribuir em projetos de «energias verdes» (verdes como as notas de dólar, entenda-se), entre amigos. Isto tudo, sobre o dorso dos pobres.

Desde logo se compreendia que as famosas taxas carbono não tinham logicamente a ver com qualquer redução efetiva da emissão de CO2, mas antes com mais outra forma dos muito ricos extraírem renda da sociedade. 

Agora, vem o próprio símbolo e líder da política económica neoliberal, o Banco Mundial afirmar no seu blog que existem razões sensatas e lógicas para os governos não quererem implementar taxas carbono:

“There are good reasons why governments may not want to use carbon taxes, and one of them relates to their welfare impacts. For example, a carbon tax on fossil fuels is often regressive in its impact- hurting poorer people relatively more than richer ones. Even when it might be progressive, poorer people still suffer a welfare loss when prices rise, making their consumption basket more expensive.”
(Tradução: existem boas razões pelas quais os governos podem não querer implementar as taxas carbono e uma delas relaciona-se com os impactos sociais. Uma taxa carbono sobre combustíveis fósseis é frequentemente regressiva, no seu impacto - atingindo mais os pobres, em termos relativos, que os ricos. Mesmo quando ela seja progressiva, as pessoas mais pobres irão sofrer maior perda de poder aquisitivo, quando os preços  sobem, tornando o seu cabaz de compras mais caro.)
Notável, não é ?
 ... Como passado cerca duma década e meia, o Banco Mundial chega, agora, às mesmas conclusões a que tinham chegado os verdadeiros militantes ecológicos, que nos tinham publicamente alertado. 
Vamos acabar com as paródias de «luta» climática, como as encenações obscenas de «Extinction Rebellion», de Greta Thunberg e doutras formas de desviar pessoas da verdadeira luta. Vamos olhar a realidade em frente e compreender o que se está a passar. Todos temos a capacidade de o fazer, se nos distanciarmos das máquinas de propaganda, chamadas órgãos de «informação», incluindo tudo o que passa por «defender» o ambiente, mas «omitindo» o principal e mais grave poluidor e destruidor dos recursos:- O capitalismo, a plutocracia riquíssima, que quer sempre mais, seja por que meio for.


sábado, 5 de dezembro de 2020

O SEU GUIA PARA A GRANDE REINICIAÇÃO MONETÁRIA (GREAT RESET)

                                             

                                                 Muito importante!

Se tiver dificuldade em abrir o video no blog, tente directamente no Youtube, aqui:


Se houvesse dúvidas, bastava ver como eles insistem com a «receita» do «lockdown (confinamento) enquanto as pessoas consentirem! 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

PARA QUANDO O FIM DO DÓLAR COMO MOEDA DE RESERVA?

Já há algum tempo que tinha aventado esta hipótese e mesmo afirmado ser inútil, ao fim e ao cabo, uma moeda de reserva (ver aqui). No entanto, estes processos são «tectónicos», ou seja, no mundo de hoje, estendem-se por dezenas de anos. 
Um caso muito típico disso, é o do ministro alemão que apela à criação de um sistema europeu em alternativa ao sistema SWIFT, de pagamentos internacionais. Este sistema, embora sediado na Bélgica, é controlado nos EUA. Todas as pessoas bem informadas sabiam disso, evidentemente, desde a sua criação. Mas, o facto do ministro alemão exprimir isso, mostra como as sanções irracionais e prejudiciais contra a Rússia e agora também contra o Irão, impostas pelo Império têm um efeito negativo, não apenas nos referidos países, como também nos aliados (na realidade súbditos) europeus. Os EUA queriam afirmar, com essas sanções, a sua posição de potência hegemónica; afinal, o que conseguiram foi afastar os seus melhores aliados na Europa.
Do lado do grupo dos «sancionados», a reacção foi criar um sistema financeiro alternativo. A Rússia e a China possuem sistemas equivalentes ao SWIFT, mas sob controlo dos seus bancos centrais respectivos. A contrapartida para a NATO é um sistema de defesa e segurança, a Organização de Cooperação de Xangai, que agrupa também as ex-repúblicas soviéticas da Ásia e à qual o Irão está em processo de adesão. A Turquia fez um pedido formal, na última cimeira da organização, facto que se pode correlacionar com a guerra económica decretada por Washington. A Rússia, a China e mais de sessenta nações constituem os parceiros de um banco internacional de desenvolvimento, o equivalente do Banco Mundial, que tem financiado múltiplos projectos, principalmente em África, atraindo assim um número crescente de nações deste continente a fazerem parte de um mundo onde as trocas são feitas fora do dólar. 
A forma preferida de reserva dos dólares, detidos ao nível dos bancos centrais, tem sido as obrigações do Tesouro dos EUA, a dez anos. Estas têm sido vertidas no mercado, em grande quantidade nos últimos tempos, pela Rússia e pela Turquia. Também o foram, há algum tempo atrás, pelo Japão. Ora, a cotação destas obrigações não se alterou de modo significativo, o que implica terem sido absorvidas por entidades misteriosas, como o Luxemburgo ou as Ilhas Caimão, sem dúvida por ordem do governo dos EUA, visto que a Reserva Federal (o banco central dos EUA) não terá sido um comprador maciço destas «treasuries», nestes últimos tempos. Os EUA não poderão indefinidamente usar estratagemas para aguentar a cotação das «treasuries» e portanto do dólar. Chegará um momento, quando houver um volume significativo de trocas usando o Yuan (não esquecer o recente lançamento do petro-yuan, um contrato de futuros para compra de petróleo usando a moeda chinesa), em que muitos países não verão vantagem nenhuma em possuir em reserva dólares, visto que as suas trocas comerciais e seus pagamentos serão maioritariamente fora do mundo dominado pelo dólar.
Caminha-se assim, a passos largos, para um mundo formado por dois grupos de Estados, num sistema internacional bipolar. Um mundo estará dentro da esfera de controlo angloamericano, com o dólar a reinar como dono e senhor de todas as transacções comerciais que se efectuem no seu interior. Outro, será o mundo dominado pela nova potência dominante mundial - a China - tendo como parceiros e aliados, a Rússia e praticamente toda a Ásia central e oriental. Mesmo o Paquistão, mesmo o Japão, estão a orientar-se em direcção aos BRICS e a participar activamente em projectos importantes da Nova Rota da Seda. Porque têm simpatia pelos Estados fundadores dos BRICS? Porque têm afinidades com o regime herdeiro de Mao? Porque eles próprios mudaram radicalmente seu governo? Não, não e não! Simplesmente, sabem ver de onde o vento sopra e não querem ficar para trás.
As «luminárias» que se exibem nos media neste país e, infelizmente, também no chamado «mundo ocidental», nunca põem as questões pertinentes, nunca explicam o contexto em que as coisas ocorrem. Também o seu «império» é de curta duração: Ao fazerem um «blackout» de todas as notícias que contradizem a narrativa simplista de Washington, Londres, Bruxelas... ao sonegarem dados importantes sobre os BRICS e questões associadas, estão a descredibilizar-se junto duma parte do público, a parte que não renunciou a pensar pela sua própria cabeça.
Temos de recorrer à RT e ao Asian Times e outros meios informativos, ditos «alternativos», pois a media «mainstream» tornou-se repositório da pior propaganda, não havendo praticamente nenhuma verdade nas «notícias» por eles cozinhadas...



https://www.zerohedge.com/news/2018-08-21/germany-calls-global-payment-system-independent-us

http://thesaker.is/so-what-will-the-sanctioned-supergroup-do/


segunda-feira, 12 de março de 2018

TERCEIRO-MUNDIALIZAÇÃO DE PORTUGAL


A natureza e origem dos postos de trabalho perdidos e criados num país, dá uma medida MAIS exacta do que se está a passar, muito mais do que o simples cômputo dos números totais de emprego e desemprego.

No caso português, vem-se notando uma transformação qualitativa do emprego: o emprego permanente, com garantias de permanência no posto de trabalho, com perspectiva de uma carreira dentro da empresa tornou-se uma quase miragem para a grande maioria dos jovens que alcançam a idade de entrada no mercado de trabalho. 

As jovens gerações são empurradas a emigrar (veja-se as declarações cínicas de Passos Coelho, não há muito tempo atrás: já antes de tais declarações, a realidade era mesmo de incentivar a emigração dos jovens!). Temos hoje em dia uma das maiores diásporas científicas no mundo se a medirmos na proporção da pequenez numérica da nossa população autóctone. 

A juventude que aqui permanece e procura emprego, apenas consegue trabalho precário, mal remunerado, sem garantias de estabilidade, sem perspectivas de melhoria. 
Este modelo de super-exploração da mão-de-obra assalariada convinha às mil maravilhas ao patronato português tradicional, acanhado e mesquinho, modelo esse que serviu para trabalho pouco especializado, que não implicava maior qualificação que os nove anos do ensino obrigatório. Esta situação manteve-se, mas a qualificação dos jovens portugueses foi aumentando rapidamente e agora estão mesmo acima da média dos vários países «desenvolvidos», em termos de diplomas e de qualificações. 

O modelo mais comum, pelo menos para os jovens, é o de contrato de trabalho ultra-precário é até ilegal, pois as empresas atribuem perto de 100% dos postos de trabalho ao emprego precário, a contratos a prazo, sendo apenas aceitável pela lei que uma empresa recrute trabalhadores a termo certo, quando a natureza do trabalho é temporária ou quando têm de fazer face a um acréscimo temporário do trabalho. É ilegal, mas o patronato está tranquilo porque a inspecção do trabalho fará «vista grossa» ou só se irá mover se ela própria for sujeita a «pressões superiores». Está a este nível o estado de corrupção das estruturas de fiscalização do trabalho e da economia em geral.  

Se tal precarização «cientificamente» delineada, foi aconselhada aos governantes por ilustres doutores da treta (spin doctors) do FMI, Banco Mundial, etc. e  seus «epígonos» nacionais, não se tratou - com certeza - de um conselho desinteressado. 
É que os grandes grupos económicos, sobretudo no sector terciário, têm interesse muito concreto em recrutar uma mão-de-obra dócil, maravilhada por trabalhar ao nível de um gigante como a «Google» ou um grande banco entre os dez maiores ao nível mundial. Por mais pomposos que sejam os títulos de postos de trabalho para os quais os nossos brilhantes jovens forem recrutados, o facto é que estarão muito em baixo na hierarquia, sem grande hipótese de fazerem carreira. No fundo, são empregados de «call-center», com maior ou menor prestígio associado a seu posto, mas sem real futuro. Tal já ocorre há muitos anos com os call-centers e outros centros deslocalizados em países do Terceiro Mundo (Índia, Paquistão, etc,etc) onde, por uma pequena fracção do ordenado de um empregado da «metrópole», os empregados resolvem quase tudo aos clientes, eles também deslocalizados, que poderão estar telefonando de Nova Iorque, Tóquio, Istambul, Estocolmo ou Lisboa.

Que continua o regabofe da utilização dos nossos jovens mais brilhantes para quadros subalternos das grandes multinacionais, de vários sectores dos serviços, a começar pela grande banca internacional, das redes sociais, da informática, mas também de estruturas mundializadas do turismo, não há a menor dúvida. 

O que é confrangedor é que as pessoas dêem como crédito positivo a este governo, o facto de Portugal ter um índice de atractividade dos negócios essencialmente pelos baixos salários, pela mão-de-obra qualificada que se oferece para trabalhar em competição directa à mão-de-obra dos outros países da «periferia», ou seja: somos, na prática, mais um país do Terceiro-Mundo, explorável e dominável a preceito, apenas com a «distinção» de estar situado a Europa, com assento na NATO e na União Europeia. «Estamos na EU» mas sem qualquer preocupação de equidade, justiça, respeito pela lei (laboral), consideração por quem trabalha... 
Costumo dizer que, nas últimas décadas, Portugal é o paraíso para o patronato mais perverso, mais predador... Aqui, ele pode desenvolver seus negócios de mui dúbia legalidade,  na maior das impunidades.

O excerto abaixo é apenas uma ilustração pontual do que descrevi acima:

Retirado do Diário de Notícias de 12-03-2018:


Além da redução da rede de balcões e do número de trabalhadores, os bancos estão agora também a apostar na contratação de serviços de outsourcing. "Em 2017 agravou-se a tendência de os bancos substituírem trabalhadores qualificados, de meia-idade, por trabalho em outsourcing, frágil, desregulamentado, barato e não suscetível de criar relações para o futuro", denuncia Paulo Marcos.
O cenário da banca só não é mais negro porque muitas instituições estrangeiras estão a recrutar pessoal. BNP Paribas, Natixis, BAI, BAE e Bankinter são alguns exemplos. "Portugal é um país muito atrativo para os bancos estrangeiros instalarem centros de competência", afirma Paulo Marcos. O Natixis tem um centro de excelência de tecnologias da informação no Porto e vai contratar mais 300 trabalhadores até ao fim de 2019, além dos 300 que já recrutou. O BNP Paribas emprega já 5000 trabalhadores em Portugal. Razão? Boas qualificações e salários baixos.




terça-feira, 25 de julho de 2017

NUNCA PERDOARAM AO HAITI TER-SE LIBERTADO DO JUGO COLONIAL...

Creio que esta entrevista deve ser visionada com toda a atenção: Com efeito, os assuntos aqui abordados, são da maior importância e indesmentíveis, pois são essencialmente factos, totalmente verificáveis. Simplesmente, são omitidos na narrativa dominante da media corporativa. 
Além de explicar como é que as estrelas de Hollywood são usadas para fins que não têm nada de caritativos, mostra a lógica de exploração impiedosa, multi-secular, dos ex-donos de escravos que nunca perdoaram o atrevimento do Haiti se ter libertado do jugo colonial e ter instaurado a primeira república negra no continente americano e em todo o mundo.


                                             

ENTREVISTA DE ELIZI DANTO, ADVOGADA DE  JEAN-BERTRAND ARISTIDE POR SARAH WESTALL