From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

NATO EM ÁFRICA: A MENTIRA DO «TERRORISMO»

ANTÓNIO COSTA PRETENDE QUE AS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS ESTÃO NA REP. CENTRO AFRICANA NUMA MISSÃO DE COMBATE AO TERRORISMO. MAS SERÁ ISSO VERDADE?

O que é evidente é o alargamento da NATO para teatros que não têm que ver com o seu próprio estatuto de «aliança defensiva» euro-atlântica e norte-americana... Pois ela está empenhada numa aventura de consolidação do poder neo-colonial, em países estratégicos de África.

Em África, os Chineses têm investido muito, através de construção de infraestruturas, de apoio efetivo ao desenvolvimento desses países, sobretudo obtendo contratos de fornecimento de matérias-primas. O desenvolvimento vigoroso da Rep. Pop. da China necessita disso. Contra tal penetração pacífica, os poderes do «ocidente» (os EUA e seus vassalos), têm feito ofensivas militares desde o Mali, o Sudão, a Rep. Centro Africana, etc. sob pretexto de combater o terrorismo.

Ora, este argumento do «terrorismo» não é credível, pois o real papel das forças da NATO e outras, tem sido o de manter e consolidar o poder de ditadores que lhes estão próximos.
Sabe o leitor que o Mali é o terceiro produtor de ouro do continente africano e que a sua produção vem subindo de ano para ano?
A Rep. da África do Sul, membro dos BRICS, tem sido até agora o primeiro produtor, mas com uma produção decrescente.

Não apenas no Mali, também no Sudão (rico em petróleo) e em muitos outros países africanos que possuem interesse geo-estratégico nota-se hoje a presença de tropas da NATO. Se tais países estão envolvidos em sangrentas guerras civis, o facto é que elas só podem subsistir pelo tráfico permanente de armas e munições, com origem nas tais potências «protectoras».

A verdade é que tais guerras são instigadas, alimentadas e ampliadas pelos poderes ex-coloniais ou outros. A recolonização de África tem vindo a observar-se desde que a NATO se projectou como «protetora» do contrinente Africano, na sequência da conferência de Washington em que se auto-atribuiu o papel de «polícia mundial».

Todas as pseudo-justificações de «combate ao terrorismo» caem por terra, quando nós perguntamos as questões óbvias:
- quem arma e equipa os terroristas?
- quem os financia?
- que interesses esconde essa defesa de regimes ditatoriais?
- que proveito tem a NATO em manter bases nesses países?

Ninguém, com espírito independente, pode acreditar na sinceridade destes políticos, que apenas pretendem a continuidade da exploração de África, como uma espécie de reserva de matérias-primas do «Ocidente».

Eles vêem a sua hegemonia ameaçada, porque os países africanos têm - desde há alguns anos - feito acordos mutuamente vantajosos com a China, que lhes permitem emanciparem-se da tutela neo-colonial e arrancar para o desenvolvimento. Ora é isso, justamente, que os imperialistas não podem tolerar. Têm de inventar motivos «legítimos» para reocupar estes países ricos em ouro, petróleo, metais industriais, solos férteis e mares ricos em peixe.

O cidadão europeu, além de estar a ser enganado, está a ser espoliado: é obrigado a pagar pelas guerras do império, para satisfazer a gula insaciável de imperialistas e de suas clientelas da indústria bélica, das empresas mineiras, do agronegócio, etc.



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